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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A força do exemplo.

          Sêneca dizia, na antiga Roma, que os resultados obtidos pela educação aparecem muito lentamente, enquanto que os resultados através dos exemplos tinham efeito imediato. Por aí começo a compreender o porquê desse círculo vicioso do mau caratismo brasileiro. Os exemplos de cima são péssimos. A corrupção espalha seus vírus de forma disseminada, traindo milhões de cidadãos que seguem o caminho mais fácil, apodrecendo o caráter da mesma forma. Aponte-me um político virtuoso: terás dificuldade de lembrar de um; mas se perguntar de algum corrupto, a resposta estará pronta. Parece ser mais "prazeroso" escancarar os defeitos do que as qualidades.  Carecemos de exemplos. Pior: quando aparece alguém trazendo alguma esperança, não resiste e descamba para as tentações. Lula poderia ter feito isso não houvesse permitido o enriquecimento do filho ou assumido uma postura diferente diante dos escândalos como o mensalão. Não falo daquela outra categoria social onde a corrupção é um valor, os narcísicos tanto da direita quanto da esquerda (se é que isso ainda existe). Lembro de Castelo Branco, o primeiro presidente pós golpe de 64: demitiu o irmão de um alto cargo de um ministério e ordenou-lhe que devolvesse o presente que havia recebido: um Aero Wyllis. Atitude como essa, hoje, é um verdadeiro contrassenso. Aguardo por um bom exemplo. As virtudes tem uma importância sociológica fundamental: repor as resistências à destruição de uma sociedade. Napoleão dizia que "os homens são raros". Mas existem. Acreditemos.

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