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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A Entrevista do Ministro Mercadante: uma vergonha!

          Pois assisti, ontem, à entrevista do Ministro Mercadante, de C&T, no Canal Livre da Bandeirantes.
Confesso que durante todo o programa aguardei, com ansiedade, uma declaração objetiva sobre alguma decisão importante do governo na área. Frustração total. O Dr. Mercadante repetiu o que intelectuais acadêmicos dizem sempre: "O Brasil precisa se preocupar com isso...", "é importante que o empresariado comece a  pensar naquilo...", "é necessário um novo modelo que..."... e assim por diante. Pior: deu um exemplo do fracasso do governo Lula: O Brasil não tem nenhuma patente a partir da Copaíba, enquanto outros países já obtiveram dezenas em cima do produto brasileiro. Pior ainda: o Dr. Mercadante discorria como se não houvesse governado nos oito anos anteriores. Fracassamos nesse mandato "democrático e popular" onde espalhamos milhões de bolsas famílias para ganhar votos, enquanto permanecemos estagnados na produção científica e tecnológica, o centro, o fundamento da geração de riquezas para resolver em definitivo os problemas sociais. Desde o tempo do FHC oscilamos entre 200 e 400 patentes depositadas anualmente. A maioria de estatais. Uma vergonha. Dizem outros intelectuais inúteis: "o empresariado brasileiro não tem tradição de criação tercnológica.". Ora, a Coréia do Sul também não tinha, a China idem, outros países da mesma forma. É aí que entra o "Estado" ; é aí que o governo deve chamar a si a responsabilidade e tomar as decisões sobre o que produzir. Esperava que o Dr. Mercadante disssesse, por exemplo: vamos desenvolver e produzir equipamentos médicos cuja importação nos custa tantos milhões de dólares anualmente; vamos produzir o nosso automóvel; vamos desenvolver as fontes para microondas; vamos produzir equipamentos novos para transmissão de dados ou seja lá o que for. Assim se rompem paradigmas e se transforma a cultura. Assim as novas gerações assimilam  essa nova cultura e a reproduzem depois. Caramba! Sem saber o que fazer, fará o que os intelectuais adoram: formará um grande "conselhão" de autoridades internacionais para discutirem "o que será importante para o futuro". Como exercício intelectual, vá lá. Mas, perguntaria: o que fazer até que encerrem essas discussões que, seguramente, consumirão "anos" de debates, como sempre?
      Acorda Ministro Mercadante! O Brasil estava pronto para gastar dezenas de bilhões com aviões, submarinos e helicópteros franceses, mantendo nossa eterna dependência no que é estratégico. Que tal usar esses recursos de forma ousada e desenvolver um sistema de defesa próprio, alavancando centenas de empresas por aqui mesmo, capacitadas, em consequência, para a criação de novos produtos?
Sai muito mais barato comprar informações no "mercado paralelo" internacional, do que encher o bolso dos franceses.
          O Brasil precisa de ousadia, ousadia de estadistas e não de políticas atrasadas e intelectuais inconsequentes.
          Pelo Brasil!
           

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