O passado sempre cobra o seu preço. É um acerto de contas muito difícil. A opção de hoje gera um passivo amanhã. Torrei, não poupei, o prazer foi tentador demais. Agora me falta. Por que briguei com Maria? No fundo não acreditava chegar até aqui, calculei mal a probabilidade. É mentira dizer que, se vivesse de novo, faria tudo da mesma forma. É verdade: faria quase tudo diferente. Esse drama não acaba: a impossibilidade de reformar o passado, consertar os desvios e viver como se tivesse feito tudo o que deveria fazer. Pior: mesmo com toda a experiência, mesmo sabendo o que devemos fazer de hoje em diante, não fazemos. Há muito mais dirigindo as nossas vidas do que a matemática e a geometria.
É a vida.
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